Mensagem para amigos e professores do curso de Pedagogia 2014-2017

Até aqui viajamos juntos. 
Passaram vilas e cidades, cachoeiras e rios, bosques e florestas... 
Não faltaram os grandes obstáculos. 
Freqüentes foram as cercas, ajudando a transpor abismos... 
As subidas e descidas foram realidade sempre presente. 
Juntos, percorremos retas, nos apoiamos nas curvas, descobrimos cidades... 
Chegou o momento de cada um seguir viagem sozinho... 
Que as experiências compartilhadas no percurso até aqui sejam a alavanca para 
alcançarmos a alegria de chegar ao destino projetado. 
A nossa saudade e a nossa esperança de um reencontro aos que, por vários 
motivos, nos deixaram, seguindo outros caminhos. 
O nosso agradecimento àqueles que, mesmo de fora, mas sempre presentes, nos 
quiseram bem e nos apoiaram nos bons e nos maus momentos. 
Dividam conosco os méritos desta conquista, porque ela também pertence a 
vocês. Uma despedida é necessária antes de podermos nos encontrar outra vez. 
Que nossas despedidas sejam um eterno reencontro.
(Autor desconhecido)

     Eu não podia imaginar as coisas que me aconteceriam, o início foi incerto, confuso e incomum, onde todos os estranhos fariam parte da minha vida, onde todos os cantos teriam histórias escondidas. Aqui passei os melhores anos de minha vida, fize amigos, muitos dos quais, me acompanharão para sempre. Por isso tenho que comemorar!
     Esse é um momento especial! É hora de olhar para trás e ver por tudo o que já passei. Sem dúvida, muitas tristezas e conflitos mas, felizmente, por inúmeros bons momentos, de alegria, de vitórias e de cumplicidade.
    Devo esquecer aqueles que me impuseram obstáculos infundados e agradecer àqueles que me impulsionaram adiante. É hora, mais do que nunca, de valorizar as amizades e os conhecimentos adquiridos aqui.
(Autor desconhecido)

10 Objetos de sucata

1-Cofrinho de porquinho feito com garrafa pet




2-Estojo feito com material reciclável




3-Porta joia feito com papelão




4-Estojo feito com caixa de creme dental




5-Estojo feito com caixa de leite




6-Luminária e porta objetos com sucata




7-Porta-lápis com garrafa pet




8-Porta-lápis feito com material reciclável





9-Material escolar reciclado




10-Brinquedos reciclados


FAMÍLIA


​     O conceito de família mudou muito nos últimos tempos, não há mais um padrão de família , e sim uma variedade de padrão familiar, com identidade própria em constante desenvolvimento. Mas independente dessa mudança a família continua sendo o primeiro local de aprendizado das crianças, é através dela que acontece os primeiros contatos sociais e as primeiras experiências educacionais . De acordo com Braghirolli as atitudes são aprendidas. Desde muito cedo na infância sob a influência da família, elas vão sendo formadas .
     A família, está diretamente ligada as atitudes comportamentais da criança. Na maioria das vezes a influência que os pais exercem sobre seus filhos é inconsciente, pois não tem consciência de que seus comportamentos, sua maneira de ser e de falar, de tratar as pessoas, de enxergar o mundo, tem enorme influência sobre o desenvolvimento do seu filho.
     A influência que a vida familiar exerce sobre as crianças não se restringe apenas a lhe oferecer modelos de comportamento , mas também no desenvolvimento moral da criança. O estilo familiar , os padrões de punição, o sistema de crença , os valores, a forma como estão estruturadas e o modo como as crianças são tratadas são elementos que tem impactos importantes no desenvolvimento das habilidades sociais. Famílias agressivas e restritivas formam crianças que tendem a manifestar um comportamento de isolamento social, de dependência e habilidade reduzida para solucionar problemas . As famílias super protetoras tendem a formar crianças inibidas, dependentes com baixa autoconfiança , baixa autoestima e tímidas. Já as famílias que incentivam seus filhos nas suas atividades , que compreendem e os encorajam para progredir tendem a formar crianças mais fortes e confiantes para superarem suas dificuldades.
     Os sentimentos que os pais transmitem à criança, durante os anos que antecedem à escola , são de extrema importância para o desenvolvimento da aprendizagem escolar da criança. A dificuldade que os pais tem de demonstrarem afeto e carinho por seus filhos pode fazer com que eles se inibam, se retraiam no contato com outras pessoas, e seu desenvolvimento sentimental e emocional pode ser abalado trazendo consequências em sua vida. O afeto desempenha um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem afeto não haveria interesse, nem necessidade , nem motivação e consequentemente perguntas ou problemas nunca seriam colocados.
     " Os pais têm um papel importante no processo de desenvolvimento da autonomia. Se eles encorajarem as iniciativas da criança , elogiarem o sucesso, derem tarefas que não excedam as capacidades da criança, forem coerentes em suas exigências e aceitarem os fracassos , estarão contribuindo para o aparecimento do sentimento de auto confiança e auto estima." ( Coria-Sabini , 1998:65)
     Não há como ignorar que a forma como as famílias estão estruturadas podem interferir no processo ensino aprendizagem , pois as crianças que vivem em famílias que tem uma interação saudável com presença de uma união estável e coesa , com capacidade de diálogo , com recursos para ter uma vida digna, apresentarão na maioria das vezes, excelentes resultados durante toda sua vida escolar e social. Já os membros de uma família desestruturada, geralmente se mostram defensivos, distantes, agressivos e tendem a apresentarem, na maioria das vezes, dificuldades em sua vida escolar e social.
     A ausência da participação da família no ensino aprendizagem dos alunos, podem ocasionar baixo desempenho e até mesmo a repetência escolar. Muitos pais vê a escola como local de depósito de crianças , vão matriculam seus filhos e só aparecem na escola quando seus filhos estão com problemas, baixo desempenho ou quando a coordenação manda chamá-lo. Sem a família não há como promover uma boa educação. A participação dos pais na vida escolar de seus filhos é condição indispensável para que a criança se sinta amada e motivada a obter avanços em sua aprendizagem. Sendo assim a família e a escola precisam ser parceiras para que os alunos possam realmente ter um maior aproveitamento na aprendizagem, não basta apenas a escola se preocupar na aprendizagem , e os pais não se preocuparem. Segundo as autoras Rocha & Machado (2002, p.18) o envolvimento familiar traz também benefícios aos professores que, regra geral, sente que o seu trabalho é apreciado pelos pais e se esforçam para que o grau de satisfação dos pais seja grande.
     Pode-se perceber diante desse contexto que a família é parte fundamental no processo ensino aprendizagem podendo interferir de maneira direta nas relações das crianças com o ambiente escolar e com o mundo que a cerca. Nesse sentido faz-se necessário o professor conhecer a realidade familiar a qual o aluno está inserido, conhecer quais são os anseios, angustias e necessidades vivenciadas pelos alunos, pois assim poderá compreender o por que das dificuldades demonstradas no processo ensino aprendizagem .
     
      A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir.
Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor.
     O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.
     Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola podem oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente dos seus filhos e dos seus alunos. Alguns critérios devem ser considerados como prioridade para ambas as partes. Como sugestões seguem abaixo alguns deles:

Família
• Selecionar a escola baseado em critérios que lhe garanta a confiança da forma como a escola procede diante de situações importantes;
• Dialogar com o filho o conteúdo que está vivenciando na escola;
• Cumprir as regras estabelecidas pela escola de forma consciente e espontânea;
• Deixar o filho a resolver por si só determinados problemas que venham a surgir no ambiente escolar, em especial na questão de socialização;
• Valorizar o contato com a escola, principalmente nas reuniões e entrega de resultados, podendo se informar das dificuldades apresentadas pelo seu filho, bem como seu desempenho.

Escola
• Cumprir a proposta pedagógica apresentada para os pais, sendo coerente nos procedimentos e atitudes do dia-a-dia;
• Propiciar ao aluno liberdade para manifestar-se na comunidade escolar, de forma que seja considerado como elemento principal do processo educativo;
• Receber os pais com prazer, marcando reuniões periódicas, esclarecendo o desempenho do aluno e principalmente exercendo o papel de orientadora mediante as possíveis situações que possam vir a necessitar de ajuda;
• Abrir as portas da escola para os pais, fazendo com que eles se sintam à vontade para participar de atividades culturais, esportivas, entre outras que a escola oferecer, aproximando o contato entre família-escola;
• É de extrema importância que a escola mantenha professores e recursos atualizados, propiciando uma boa administração de forma que ofereça um ensino de qualidade para seus alunos.

     A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso da educação de todo indivíduo. Portanto, pais e educadores necessitam ser grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação educacional do ser humano.



Texto retirado dos sites:

Relisiência


    Muito se tem falado sobre Resiliência nos últimos tempos. Falar sobre a condição de uma pessoa ser resiliente soa como um estado que se relaciona com uma característica da personalidade. É muito comum encontrarmos referência a resiliência como: “Fulano é resiliente”. Então, surge a questão: O que é resiliência? É uma característica nata nas pessoas, ou uma competência e habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida ao longo da vida e que capacita as pessoas a estarem resilientes em determinadas situações da vida e em outras não?
    Estar resiliente é ter a capacidade de enfrentar, aprender, crescer, e amadurecer com as adversidades, dificuldades, conflitos que a vida muitas vezes impõe, usando os recursos internos pessoais com uma nova maneira de encarar essas situações.
    Estar resiliente é aprender a desenvolver a capacidade de ser flexível e coerente diante de situações de elevado estresse, é possuir um sentido apurado da realidade, é acreditar que de uma maneira ou de outra é possível ter o controle sobre a situação e sobre os eventos da vida. É desenvolver a capacidade de ter um olhar otimista da situação estressante, de fazer uma análise das razões de um determinado evento, buscando aprender com a situação para que possa assim sair fortalecido e amadurecido.
Estar resiliente em uma determinada área da vida não implica que a pessoa vai estar resiliente em outra. Por isso, que muitas vezes somos pegos de surpresa com o modo como as pessoas reagem de formas diferentes em situações diferentes. Em determinadas áreas da vida algumas pessoas se mostram surpreendentemente capazes e maduras para superar e lidar com as adversidades e os reveses da vida, em contrapartida são inábeis e imaturas em lidar com as adversidades em outras áreas.
    A história de vida, as relações de afeto, as pessoas significativas com quem convivemos no decorrer da vida, são alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento de competências para lidar de modo adequado com as situações de adversidades, com os conflitos que surgem ao logo da vida. São fatores que contribuem para o desenvolvimento de crenças que determinam o ESTAR hábeis e maduros ou inábeis e imaturos para enxergar e enfrentar as adversidades da vida, buscando o crescimento pessoal, o amadurecimento e o fortalecimento, que permitem o ESTAR RESILIENTES em diferentes áreas da vida.
     Resiliência é um termo bem complicado de se entender. É muito subjetivo e abstrato até certo ponto. Uma vez ouvi o seguinte exemplo sobre o que é Resiliência: “imagine um elástico, desses de dinheiro. Você o estica ao máximo, quando você o solta, ele volta a sua forma original. Isso é Resiliência.” Adorei. Imagina quantas vezes o elástico é esticado, e veja a maravilha da sua fórmula e composição, fazendo com que ele sempre volte ao mesmo estágio, sem grandes alterações na borracha, sem mudar seu formato, sem perder a elasticidade. E como podemos tomar esse exemplo para a nossa vida? Em todos os aspectos da sua vida, quantas vezes por dia você precisa se esticar psicologicamente e fisicamente para excecuar N tarefas e depois é exigido que você volte a estaca zero, e volte com todo vigor do início? Não é tão simples. Vamos pensar nos 3 âmbitos que fazem o elástico ser um exemplo vivo da tão falada Resiliência.

     1. Não altera a matéria prima, a borracha = nossa Essência. Nossa essência é o nosso carácter, a nossa base. São os nossos princípios e valores que, a partir deles, nós tomamos várias decisões importantes na vida. Se a cada esticada de elástico que passamos, se a cada decepção ou grande esforço que fizermos por uma determinada situação que não deu certo mudarmos nossa borracha, acabaremos mudando nossa personalidade. Imagina se você desistisse de pagar todos seus impostos em dia porque leu nos jornais a corrupção dos políticos. “Chega! Não vou mais ser certinho nesse país que não me ajuda em nada, só me explora e alguém ainda está ganhando muito dinheiro com isso!”. Numa ‘esticada’, você esquece seus valores como a integridade. Muda sua essência e começa também a ser corrupto. Pense: qual legado está deixando diante disso, para seus filhos, seus funcionários, seus amigos mais chegados? Que você se corrompe diante das dificuldades da vida.
     2. Não muda o formato = sua personalidade. Como será que o elástico descreveria a sensação de ser esticado? “Dói muito, é ruim, parece que vou morrer!” Bom, e quantas situações nossas também são assim? Nos levam ao extremo das nossas emoções, perdemos a razão, descemos do salto, brigamos. Depois pensamos “Nossa, não acredito que fiz isso! Não me reconheço!”. É comum – e não normal – perdermos o controle diante de situações limite, mas devemos buscar o equilíbrio. Identifica-se a maturidade numa pessoa quando ela consegue gerir suas emoções, consegue ter domínio próprio. Além de ser auto-destrutivo, também pode acabar com seus relacionamentos. É quase impossível conviver com uma pessoa imprevisível. No estica e puxa da vida, respire fundo e pense “a esticada é momentânea, isso não vai mudar minhas atitudes”.
     3. Não perde a elasticidade = sua capacidade de adaptação. No retorno para a estaca zero, além de manter o mesmo formato, o elástico também mantém sua elasticidade. Se você novamente esticá-lo, você conseguirá, e repetirá e repetirá e repetirá. Nós temos a mesma elasticidade e adaptação diante das situações tensas, frustrações, puxadas de tapete e decepções da vida? Ou emburramos e desistimos na primeira queda? Imagine se o elástico falasse você “Oww, pode parar mané! Não vai mais me esticar não! Da última vez, doeu muito, depois você me deixou jogado em qualquer lugar, fiquei todo dolorido! Esquece, nunca mais você me estica!”. Imagina se a cada queda a gente desistir, não querer tentar mais porque essa ou aquela tentativa foi frustrada? Pararíamos sempre no meio do caminho.
     O elástico sabe que sua função principal é amarrar objetos e, para isso, precisa se submeter ao estica e puxa. E qual é a sua função principal? Qual seu objetivo? É abrir uma empresa? É criar bem seus filhos? É ser um ótimo professor? É casar? É ser leal com seus amigos? É ser promovido? Não desista dos seus sonhos por causa do estica e puxa da vida! Fique firme, não se corrompa, não perca seus valores, não altere sua personalidade e saiba que tudo é só uma ponte para você alcançar seus objetivos!




Textos retirados dos sites: 
http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/o-elastico-e-a-resiliencia-essencia-formato-e-elasticidade/85275/

Secretária do MEC critica formação inicial de professores e defende notório saber

Ela afirma que reforma do ensino médio provavelmente só vai ser implementada em 2019. Emendas do texto-base da MP serão votadas na semana que vem.

     Durante debate sobre a reforma do ensino médio, nesta sexta-feira (9), em São Paulo, a secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC), Maria Helena Guimarães de Castro, criticou a qualidade dos cursos de formação inicial dos professores brasileiros.
     Ela defende que pessoas com o chamado “notório saber” possam dar aulas em cursos técnicos. E estabelece que aqueles profissionais com nível superior, como engenheiros, possam se tornar professores na educação básica se fizerem uma complementação pedagógica.
     “Sabemos que a qualidade de formação não é boa. Me refiro à formação inicial dos professores, que não os prepara para o mundo real nem muito menos à prática didática”, diz Maria Helena.
     Ela afirma que não há novidade ao permitir que docentes atuem nos cursos técnicos sem a formação superior. “A qualidade das aulas e o conhecimento dos alunos não são afetados caso o professor tenha apenas o notório saber”, diz. “Uma professora pode ser muito boa em uma área, independente da formação dela. Isso já ocorre na Alemanha, na Áustria e no Centro Paula Souza, no Brasil”, completa.

Prazo    A secretária-executiva do MEC prevê que a reforma do ensino médio só vá ser efetivamente implementada em 2019, já que depende da conclusão da nova base nacional comum curricular (BNCC)- documento que servirá como base para todas as instituições de ensino elaborarem os currículos escolares.
   Ela afirma que não seria possível esperar a base ser finalizada para só então pensar na reformulação do ensino médio. “Sem haver antes uma ruptura do sistema, não conseguiríamos pensar no currículo”, diz Maria Helena.
     A votação das emendas do texto-base da medida provisória da reforma será feita na semana que vem, a partir do dia 12 de dezembro



Bullying


     Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
     O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
     O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
     As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
     As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
     O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
     No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
     Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do      Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.



Segue abaixo uma notícia a respeito do tema


Garoto de 10 anos sofre bullying e é agredido na escola por usar óculos
Criança foi internada por três dias após sofrer desmaios e convulsões.

     Mãe do garoto registrou boletim de ocorrência e aguarda audiência.
     A violência entre estudantes continua a assustar pais, funcionários de escolas, e especialmente os principais alvos das agressões: as crianças e adolescentes. Um caso de bullying foi registrado na cidade de Gilbués, a 797 km de Teresina, Sul do Piauí. Um garoto de 10 anos foi agredido ao sair da escola, violência esta motivada pelo simples fato do menino usar óculos. Vídeos mostrando as agressões ganharam repercussão nas redes sociais em toda a região. O caso aconteceu no dia 22 deste mês, mas somente nessa terça-feira (28) a família registrou um Boletim de Ocorrência.
     A mãe da criança, a dona de casa Valderez Dourado Soares, conta que a agressão sofrida pelo filho foi tamanha, que o garoto passou a apresentar desmaios e a sofrer também convulsões, que ela acredita serem decorrentes dos traumas na cabeça. O menino, que chegou a ser internado em um hospital na cidade vizinha de Bom Jesus, foi liberado apenas no sábado (25), mas agora, além das marcas físicas em seu corpo, carrega também o trauma psicológico do momento que passou.
     “Meu filho agora fica nervoso apenas em ouvir falar de escola. Diz que nunca mais vai voltar para lá. Ele é uma criança curiosa, mas muito tímida, que gosta de estudar. Agora não sei mais como vai ser. Ele foi espancado por outros meninos, todos maiores do que ele. Bateram, pisaram e chutaram o meu filho. Até com um tijolo ele foi agredido”, conta Valderez.
     Segundo a mãe, o garoto já havia sido alvo de agressões anteriores, causadas principalmente pela implicância dos outros estudantes com os óculos do filho. O menino, que além de apanhar frequentemente, também era submetido a violências de outras naturezas, como apelidos e humilhações constantes.
     “Já havia mais de um ano que ele apanhava no colégio. Além de baterem nele, ainda o chamavam por apelidos, como “quatro-olhos” e “jeca”, e isso o deixava muito triste”, relata a mãe.
     Valderez conta ainda que seu filho, mesmo tendo recebido alta do hospital continua sentindo dores de cabeça e confessa temer pela saúde do garoto. De acordo com ela, outros exames ainda serão realizados e o menino passará também a contar com ajuda psicológica ainda esta semana.
     “Todos os dias ele chora reclamando de dores de cabeça. Alguns exames estão marcados, mas estou começando a ficar com medo por ele. Meu medo é que seja uma coisa mais grave, e já pensamos até em ir para Teresina fazer o tratamento dele. Conversei com as pessoas do conselho tutelar da região e me disseram que na sexta-feira (31) ele vai ser atendido por um psicólogo, o que me acalma um pouco”, disse.
     Outro motivo que revolta a família da criança seria a ausência dos outros pais dos garotos envolvidos na agressão. Segundo Valderez, a diretoria da escola teria solicitado a presença de todos os pais em uma reunião na manhã desta quarta-feira (29), mas apenas uma mãe teria comparecido. Ela, que registrou um boletim de ocorrência nessa terça-feira, afirma que a polícia enviou uma intimação aos responsáveis pelas crianças, para que compareçam à delegacia.
     “A diretora do colégio convidou todos os pais para uma reunião e só uma mãe apareceu para conversar. Isso causa uma revolta, porque mostra que eles não estão nem um pouco interessados com a violência que nossos filhos sofrem. Fiz um boletim de ocorrência, e a polícia mandou uma intimação para os outros pais para que eles compareçam a uma audiência na delegacia. Espero que agora eles demonstrem um pouco de atenção”, desabafa.
     A equipe do G1 procurou a direção da escola das crianças, mas não conseguiu falar com o diretor. O secretário de educação do município também foi procurado para comentar o assunto, mas segundo funcionários da secretaria estaria em uma reunião. O delegado que acompanha o caso também foi procurado pela reportagem, mas na delegacia as ligações não foram atendidas.
     Casos como este da cidade de Gilbués não são novidades quando se trata do relacionamento entre crianças, e para a psicopedagoga Patrícia Sampaio, ninguém pratica o bullying à toa. “A criança faz porque vê em casa. Então as escolas têm que trabalhar muito com a família, com os alunos, não é negar que houve, porque a primeira coisa que ocorre é a negação por parte da escola de que o fato não aconteceu. A informação é um fator primordial. Se as crianças forem trabalhadas desde cedo para aceitar as pessoas o cenário pode ser outro”, disse.


Textos retirados dos sites:

Wallon

     


     Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, em 1879. Em 1902 Wallon se formou em filosofia, se formou também em medicina e psicologia. Henri presenciou as duas Grandes Guerras e, inclusive, atuou como médico na Primeira Guerra Mundial cuidando de pessoas com distúrbios psiquiátricos.
     Em 1920 Henri se tornou professor na lendária universidade de Sobornne, na França. Lá ele foi encarregado de ministrar conferencias sobre psicologia da criança. Henri Wallon também lecionou em outras instituições e foi o primeiro teórico reconhecer a importância da afetividade no ensino infantil.
     Seu primeiro trabalho foi intitulado “Delírio da Perseguição. O delírio Crônico na base da interpretação” que foi publicado em 1909. A maioria de suas obras não foi traduzida para o português, apenas algumas, são elas: Evolução psicológica da criança, Andes, Rio de Janeiro, s.d.; Psicologia e educação da infância, Estampa, Lisboa, 1975; Objetivos e métodos da psicologia, Estampa, Lisboa, 1975; Origens do pensamento na criança, Manole, São Paulo, 1989.
     Hanri Wallon também teve uma vida política muito agitada, era marxista convicto e criticava a forma agressiva de ensino aplicada em sua época. Filiou-se ao partido socialista SFIO que em português é a sigla para Sessão Francesa da Internacional dos Trabalhadores. Durante a Segunda Guerra Mundial foi perseguido pela Gestapo, polícia repressora alemã.
     Wallon morreu aos 83, em Paris. Ele chegou a visitar o Brasil em 1935.
    
     Wallon via a criança como tendo emoções não só como um corpo. Os elementos básicos de suas ideias eram:
A afetividade;
O movimento;
A inteligência;
A formação do eu.
     Os estágios do desenvolvimento segundo Henri Wallon são:
     Estágio impulsivo-emocional de 0 a 1 ano: estagio afetivo onde a criança desenvolve intraceptivos e afetivos
     Estágio sensório-motor e projetivo de 1 a 3 anos: investigação e exploração da realidade exterior;
     Personalismo de 3 a 6 anos: enriquecimento do eu e a construção da personalidade;
    Pensamento categorial de 6 a 11 anos: marca a diferenciação entre o eu e o mundo exterior, em que a criança aprende a perceber o que é de si e o que é do outro;
     Puberdade e adolescência: oposição sistemática ao adulto, busca diferenciar-se do adulto;